Essa semana foi longa. Iniciei a semana com uma baita diarreia, ao ponto de ir para a emergência. Mas, graças a Deus fiquei bem. Ian está cada vez mais agitado, sinto muitas dores por conta disso. Mas é gostoso senti-lo, dá pra sentir nitidamente as partes do corpinho dele. Hoje, brincando com a Ana, coloquei um brinquedo dela que toca música na barriga, ele mexeu demais, enquanto o brinquedo tocava a música.
Essa semana, entrei no sétimo mês. Faltam apenas dois meses. Dois meses pra eu decidir muita coisa.
Hoje foi a consulta com o GO e foi um sufoco. Minha mãe ficaria com a Ana pra eu ir na consulta, mas ela teve um problema, em cima da hora e eu tive que levá-la para a consulta. Dá pra imaginar a dificuldade? Já estava pronta pra sair, tive que arrumar a Ana e nem deu pra almoçarmos, preparei uma mamadeira reforçada pra ela e fomos. Quando tirei-a do carro, percebi que o sapatinho que coloquei na pressa estava pequeno, saia do pé. Parei numa loja de calçados infantis e pedi com urgência um tênis. Saí da loja e fui para a consulta. O problema é que o prédio do consultório tem escada, fila pra elevador, um sufoco. Quando cheguei no consultório, senti falta da minha pasta de exames do pré natal. Tive que descer do prédio e voltar na loja pra pegar a pasta. A secretária do médico, percebendo meu sufoco, perguntou se eu tinha ido sozinha com ela. Durante a consulta, o médico pediu que a secretária ficasse com a Ana. Eu estava muito fragilizada, por toda essa situação, esse sufoco, ter que pegá-la no colo, subir e descer escada, levar com a porta do elevador na cara porque ninguém segurou pra eu sair com ela... . Eu entrei no consultório com os olhos cheios de lágrimas, fazendo um esforço imenso para não dar vexame e chorar. Comecei perguntando ao médico se ele fazia laqueadura na hora do parto. Ele, de cabeça baixa, disse que fazia sim, mas em mim, ele não faria, porque eu não estava em condições de tomar essa decisão agora. Danei a chorar, chorar muito. Depois dele falar muito, decidi que vou colocar DIU Mirena e ficar cinco anos sem menstruar, depois pago outro de novo, até entrar na menopausa.
Sobre o parto, sem eu comentar nada, ele disse que eu não preciso entrar na faca à toa. Que posso fazer o pré natal com ele e o parto normal com uma médica que ele indica. Até porque, tenho uma boa estrutura para o parto normal e não precisaria fazer uma cirurgia sem necessidade. Disse que não faz parto normal por não ter mais
condições de acompanhar o trabalho de parto. Isso será decidido por mim.
Aproveitei essa consulta pra tirar várias dúvidas.
Pena que eu estava muito fragilizada. No final da consulta, o médico me abraçou e disse pra que eu continuasse com a terapia (é claro, né, doutor!).
Fui embora com a Ana, me segurando pra não chorar pela rua, minha vontade era só chorar, chorar e chorar.
Amanhã, irei ao Riocentro comprar o que falta para o enxoval do Ian.