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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Sobre o tratamento

Pois bem...
Fui à dois psiquiatras. Como não conseguia marcar com nenhum, acabei conseguindo uma vaga com uma psiquiatra particular e outro pelo plano que me encaixou. Na primeira consulta, a médica ficou comigo por uma hora, conversou muito, queria saber tudo da minha vida. E recomendou o uso de dois medicamentos, um deles, uma gotinha de Rivotril, o que me assustou. Segundo ela, a medicação é bem fraca devido a gestação e que ficaria monitorando através da ultra. Gostei da médica, mas fiquei preocupada com essa coisa de remédios. Não tomei.
No dia seguinte, fui ao psiquiatra do plano. Ele perguntou como estava minha família, se a gravidez foi desejada e com quanto tempo estou. A decisão dele foi tratar-me em três estágios: Primeiro, tomando a passiflora indicada pelo meu obstetra, segundo, visitar uma psicóloga uma vez por semana, terceiro, afastar-me do trabalho. A medicação seria a última decisão, só em último caso. Achei que ele foi muito coerente. Ele precisa da posição do meu obstetra e da psicóloga, para que os três façam um laudo de afastamento. Além de querer saber a opinião do meu marido quanto a isso tudo.
Os dois médicos queriam saber como recebi a notícia dessa segunda gravidez e eu disse que não foi planejada, mas muito bem vinda. Os dois médicos acham que eu devo me afastar do trabalho. A primeira perguntou se eu queria me afastar e eu disse que não. O segundo disse que eu tenho que me afastar. Ou medicamento ou o afastamento.
Estou numa situação a decidir. Confesso que não gostaria de me afastar do trabalho agora, ainda mais com uma licença pela psiquiatria que é uma mancha no histórico do funcionário para o resto da vida. Porém, entre tomar remédio, podendo prejudicar meu bebê e ficar com um porém para a tentativa de outros concurso públicos, prefiro arriscar minha carreira. Realmente, minha profissão é extremamente estressante. Trabalho com adolescentes e adultos. Adultos, tudo bem, mas adolescentes, sem comentários.
Na gravidez da Ana, o grau de stress no trabalho foi muuuuito pior do que agora. Tive turmas horrorosas, cansei de explodir, bater boca com alunos, ao ponto de alguns se assustarem e pedir que eu ficasse calma para não prejudicar o bebê. Agora, as turmas estão razoáveis, mesmo nas situações mais complicadas, evito explodir, deixo pra lá e respiro fundo.
A minha sensação de ansiedade vem em vários momentos, em casa, no trabalho, na rua, até tomando um lanche no shopping. É como uma dor de barriga, não sei porque vem ou quando vem, só sei como devo previnir.
Confesso que estou muito preocupada com o bebê. Tenho medo de sequelas devido as substâncias que meu organismo libera quando fico na ansiedade. Tenho pedido a Deus que o proteja de todo mal.

4 comentários:

Carol disse...

Oi Flávia. Conversa com seu obstetra sobre a possibilidade do Rivotril. Eu faço uso do de 0,25 sublingual há 7 meses e realmente é bem fraquinho. Pelo menos pra mim, não tem uma reação muito forte não, nem mesmo sono... Logo que meu obstetra diagnosticou minha depressão pós-parto, ele me indicou um remédio passiflora tb, pq eu não queria ter que parar de amamentar, mas pra te falar a verdade, ele não fez nem cosquinha... rsrsrsrs... Não surtiu absolutamente efeito nenhum!!! Depois que o Bento completou 6 meses e eu estava muito mal, fui a uma psiquiatra indicada por ele e a primeira orientação foi parar de amamentar, rivotril, antidepressivo e licença médica. Até hj faço uso dos dois medicamentos e voltei em só um dos trabalhos, onde sou contratada. Na Prefeitura do Rio, juntei licença com férias e teria que voltar semana que vem,mas já está decidido, não volto!!! Não esquenta a cabeça com licença psiquiátrica não. Esse "medo" só existe na nossa cabeça. Somos servidoras públicas e temos DIREITO a qualquer tipo de licença médica sem que essa venha nos prejudicar. Força na peruca amiga!!! Bjos!!!

Luisa Morosini / Luly disse...

OI FLAVIA.
JUSTAMENTE ONTEM ESCREVI NO MEU BLOG Q PRECISO PROCURAR UMA PSICOLOGA, POIS TBM SOU ANSIOSA E TUDO Q EU FOR FAZER EM MEIO A PESSOAS ME DA DOR DE BARRIGA DE TER DIARREIA! E HORRIVEL.
POR CAUSA DISSO LARGUEI TRABALHO, ESTUDOS, DEXEI DE IR A IGREJA, POIS SEMPRE TAVA COM ESSA DOR E EU NAO QUERIA PASSAR VERGONHA INDO A CADA MEIA HORA AO BANHEIRO.
MAS HJ QUERO LEVAR UMA VIDA NORMAL SABE, ESSA ANSIEDADE ANTES DAS COISAS ACONTECEREM, NOSSA E HORRIVEL.
TIPO, SE EU SEI Q VOU SAIR PRA RUA, TENHO D IR AO BANHEIRO ANTES, SE EU SEI Q TENHO Q FALAR COM ALGUEM JA TENHO VONTADE DE IR. E ISSO ESTA ME PREJUDICANDO.
MAS O Q MAIS ESTA ME CUSTANDO E PROCURAR AJUDA. TENHO VERGONHA.
ESTOU SEGUINDO SEU BLOG.
BJS

Nineborba disse...

Oi Flávia, nossa tão delicado a sua situação. Eu sei que para quem está de fora é fácil opinar. Mas na minha visão as duas coisas são muito ruins. Eu não faria uso da medicação de forma alguma. Pois não acredito que não passe para o bebê. Quanto ao seu trabalho se afastar tb é tão delicado, vc tem uma carreira pela frente só que entre tomar remédio e se afastar. Me afastaria até pq não será para sempre. Só que antes disso tudo eu tentaria a terapia. Tentaria fazer uma atividade tipo Pilates, IOGA algo que me levasse para um universo contrário ao que estou. Algo para relaxar para me proporcionar prazer. Juntaria com a terapia que serviria como apoio para bater papos, trocar e falar sobre as coisas ruins e dessa forma eu ficar melhor. Pois quando falamos dos problemas ajudamos a entender e chegar mais perto da solução. No seu caso, como está grávida tudo fica aflorado seus hormonios estão a mil por hora. Enfim, eu tentaria trabalhar isso dentro de mim com a ajuda da terapia e de atividades que fizessem relaxar só depois disso partiria para algo mais radical... Tenho certeza que vc vai conseguir é uma mulher forte. Mas saiba que seja qual for a escolha estamos aqui juntas e misturadas para trocar idéias. Bjkas

Dani disse...

Olá Flávia como vai? Me identifiquei com seu post.
Estou com depressão e 6 meses de gravidez. O unico remédio que posso tomar é as vitaminas pro bebê (que também não foi planejado, mas foi muito bem vindo!).

Situação complicada né? Temos que nos abraçar a pessoas queridas nesse momento, encontrar um porto seguro, tudo se resolve!

Estou te seguindo, tá?

Boa semana!